7 de outubro de 2008

des.co.ber.ta (II)

para que chaves se eu não mais tenho portas minha
lombar solta abdomen ativo coluna reta mão no
chão ritmo calmo sem ansiedades incontroláveis me
questionando sempre um chocolate em cima da mesa
minhas palavras na balança lutando contra minha
vaidade-pudor cuidando da minha vaidade-beleza
me emociono com meus próprios pensamentos
converso sozinha o tempo todo fazendo diálogos
com a expectativa alheia gozo de verdade e duas
vezes estremeço não me mexo no tempo parado volto
o momento se encerra na lembrança só a sensação não
há espera do porvir já que hoje é hoje e amanhã sempre
sendo amanha e no dia de hoje faz sol e não venta muito

4 comentários:

Adrianna Coelho disse...


o sol radical
da palavra solta
no hoje...

amém, doa
a quem não sabe te ler... rs

pat werner disse...

inspira descoberta
e expira o pó que
o cobertor deixou.

Carleto Gaspar 1797 disse...

Saudações das Milícias Carletistas!!!


Seus Camelos estão em segurança aqui na Cidade-estado Leme

Clara Cavour disse...

sozinha em mim, festejo. a liberdade de ser comigo uma casa inteira e a leveza de acordar sem vento. só por hoje. amanhã....amanhã pode ser que eu chame o chaveiro. mas as chaves continuam sendo minhas, das minhas portas.