20 de outubro de 2008

des.dém

em desapego desafeiçoa também do corpo
despindo-se por sorrisos retos.
no despudor desabitua também à alma 
deitando-se em camas nunca antes feitas. 
no outro desapega também do sorriso
desafeiçoando-se dos lençóis limpos. 
na alma despe-se também dos pudores
desabituando-se de prazeres diminutos.

4 comentários:

pat werner disse...

despido e límpido.

incrível!

gostei, sobretudo, da cama nunca feita antes, destruiu!

Anônimo disse...

ótimo, dotado de ótimo ritmo. as repetições são fundamentais no verso livre, e no seu caso a repetição sintática!

Adrianna Coelho disse...


demais mesmo!

adorei a construção
e as idéias...

tatá. disse...

estética e
estilo

bacana moça